1. O Tratado de Tordesilhas representa:
(A) A tomada de posse do Brasil pelos portugueses.
(B) O declínio do expansionismo espanhol.
(C) O fim da rivalidade hispano-portuguesa na América.
(D) O marco inicial no processo da partilha colonial.
(E) O início da colonização do Brasil.
2. O metalismo, a doutrina da balança comercial favorável, o protecionismo e o colonialismo constituem as características básicas do:
(A) Neoliberalismo.
(B) Intervencionismo.
(C) Socialismo.
(D) Liberalismo.
(E) Mercantilismo.
3. Entre as várias consequências das grandes navegações, temos:
(A) Gênova e Veneza passaram a monopolizar definitivamente o comércio de especiarias, pois detinham em suas mãos o mercado consumidor.
(B) O Atlântico tornou-se o principal eixo marítimo econômico, em detrimento do comércio mediterrâneo.
(C) O rei perdeu seus poderes absolutistas, pois as despesas com as navegações desgastaram o tesouro real.
(D) Não houve a necessidade de uso da mão de obra escrava nas colônias, pois nas terras descobertas havia povos em um estágio elevado de civilização.
(E) Os países mais favorecidos inicialmente foram a França e a Inglaterra.
4. Durante os séculos XV e XVI, as grandes navegações e descobrimentos permitiram uma relativa preponderância ibérica em termos marítimos e comerciais, podendo-se apontar como principal elemento constitutivo de tal preponderância:
(A) O monopólio do "caminho marítimo" para as Índias.
(B) O monopólio de Veneza sobre o comércio das especiarias.
(C) O papel de Lisboa como entreposto comercial para o comércio africano.
(D) A participação das coroas ibéricas na organização e exploração das conquistas.
(E) O reconhecimento do Tratado de Tordesilhas pelas demais potências marítimas europeias.
5. A participação castelhana nas grandes navegações e descobrimentos dos séculos XV e XVI e, particularmente, a descoberta da América por Cristóvão Colombo podem ser explicadas em termos de:
(A) Mero acaso, dada a não crença e recusa portuguesa diante dos planos e exigências apresentadas por Cristóvão Colombo.
(B) Consequência da hegemonia italiana, especialmente genovesa, nos portos espanhóis no Mediterrâneo.
(C) Simples prolongamento da "Reconquista às terras ultramarinas".
(D) Existência de fatores geográficos e socioeconômicos favoráveis à expansão marítima, na Andaluzia, possibilitando a empresa de Colombo.
(E) Desejo de rivalizar com os feitos lusitanos.
6. Vários fatores poderiam ser apontados como incentivos às explorações marítimas europeias ligadas aos grandes descobrimentos. Entre os quais poderíamos citar:
(A) A crescente rivalidade religiosa europeia que se refletia nas competições para a aquisição de novas terras e em melhorias na arte da navegação.
(B) As crescentes necessidades financeiras dos governos europeus, que tornaram imperativo o desenvolvimento de novas fontes de renda através de colônias ultramarinas.
(C) O crescimento populacional europeu que tornava imperativa a descoberta de novas terras onde a população excedente pudesse ser instalada.
(D) O desenvolvimento da arte da navegação, bem como o desejo dos países atlânticos de ter ligações diretas com o Oriente sem a intermediação dos italianos e dos árabes.
(E) Uma mistura de idealismo religioso, espírito de aventura e desejo de enriquecimento em tudo semelhante à que levou à formação das Cruzadas.
7. A propósito da expansão marítimo-comercial europeia dos séculos XV e XVI pode-se afirmar que:
(A) A Igreja católica foi contrária à expansão e não participou da colonização das novas terras.
(B) Os altos custos das navegações empobreceram a burguesia mercantil dos países ibéricos.
(C) A centralização política fortaleceu-se com o descobrimento das novas terras.
(D) Os europeus pretendiam absorver os princípios religiosos dos povos americanos.
(E) Os descobrimentos intensificaram o comércio de especiarias no mar Mediterrâneo.
8. Assinale a alternativa correta.
A Península Ibérica foi sucessivamente povoada por:
(A) Fenícios, cartagineses, mouros, romanos e árabes.
(B) Iberos, gregos, celtiberos, romanos, visigodos e vândalos.
(C) Iberos, celtas, romanos, visigodos e árabes.
(D) Cartagineses, celtas, suevos, alanos e visigodos.
(E) Todos os povos acima.
9. De 1383 a 1385 eclodiu, em Portugal, a Revolução de Avis, onde encontramos em choque os seguintes grupos:
(A) Nobreza portuguesa, contra o rei de Portugal, D. Fernando I.
(B) Burguesia portuguesa, contra o rei de Portugal, D. João I, o mestre de Avis, que se encontrava aliado aos castelhanos.
(C) Burguesia e a plebe aliados a D. João, o mestre Avis, contra a alta nobreza, que se encontrava aliada ao rei de Castela.
(D) Fidalgos e clero contra a burguesia e a nobreza portuguesas, estando esta última aliada ao rei de Castela.
(E) Os cavaleiros feudais e os piratas de Ceuta.
10. (PUC-SP)
"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram sem casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu.
Mas nele é que espelho o céu".
(PESSOA, Fernando, Mar Português)
O poema de Fernando Pessoa se refere à conquista dos mares pelos portugueses, no início da era moderna. Se os resultados finais mais conhecidos dessas "Grandes navegações" foram a abertura de novas rotas comerciais em direção à Índia, a conquista de novas terras e o espalhamento da cultura europeia, alguns dos elementos desse contexto histórico cuja articulação auxilia na compreensão das origens dessa expansão marítima são:
(A) O avanço das técnicas de navegação, a busca do mítico paraíso terrestre, a percepção do universo segundo uma ordem racional.
(B) O mito do abismo do mar, a desmonetarização da economia, a vontade de enriquecimento rápido.
(C) A busca do ouro para as Cruzadas, a descentralização monárquica, o desenvolvimento da matemática.
(D) A demanda de especiarias, a aliança com as cidades italianas, a ânsia de expandir o cristianismo.
(E) O anseio de crescimento mercantil, os relatos de viajantes medievais, a conquista de Portugal pelos mouros.