Na Grécia antiga, a cada quatro anos realizavam-se os Jogos Olímpicos – eventos que incluíam cerimônias religiosas e jogos esportivos em homenagem a Zeus. A importância dos jogos era tão grande, que durante sua realização as polis em guerra declaravam trégua, os inimigos misturavam-se e competiam lado a lado. A trégua foi quebrada apenas uma vez, por Esparta, que, como punição, foi excluída dos Jogos de 420 a.C.
O evento era realizado em Olímpia (daí o nome Jogos Olímpicos), na parte oeste do Peloponeso, num santuário especialmente construído para esse fim. Os Jogos eram abertos a todos aqueles considerados cidadãos – sendo, portanto, vedados às mulheres e aos escravos, por exemplo. Os atletas competiam com o corpo nu.
As primeiras Olimpíadas realizaram-se em 776 a.C. com apenas uma modalidade – a corrida de 200 metros, chamada Stadion. De um encontro de um dia, os Jogos passaram, com o tempo, a abranger dez eventos em mais de cinco dias. À corrida foram somados a luta, o boxe, as corridas de cavalos, o arremesso de disco e de dardo, um tipo de salto em distância, o pentatlo (salto, corrida, dardo, disco e luta) e o pankration, violenta combinação de luta e boxe quase sem nenhuma regra. Os Jogos terminavam com uma corrida a pé, na qual os competidores vestiam suas armaduras completas.
Foram proibidos em 393 d.C., quase 1.200 anos depois de seu início, quando um decreto do governo romano coibiu qualquer adoração de ídolos em santuários.
Ressurgiram só agora, nos dias atuais, em 1896, em Atenas, com a participação de atletas de 13 países competindo em 43 eventos, divididos em nove tipos de esporte. Pela primeira vez foi incluída a maratona, uma corrida em comemoração à vitória dos atenienses sobre os persas, quando o mensageiro Phidippides correu desde as planícies de Maraton até Atenas levando a boa nova.