Em virtude dos altos custos da empresa marítima e da urgência em se proteger as terras americanas dos invasores estrangeiros, a ocupação efetiva se faz necessária.
Ocupar, povoar e colonizar eram atividades conhecidas pelos europeus desde a Antiguidade. Mas o caráter basicamente mercantil da expansão marítima tornou específica a colonização da Idade Moderna. Entre os séculos XVI e XVIII, a posse e a exploração de colônias, pelos Estados Nacionais absolutistas da Europa, significaram o fortalecimento do poder real e a expansão do comércio europeu. O mercantilismo encontrou, na empresa colonial, sua plena realização. As colônias constituíram-se em fornecedoras, a preços ínfimos, de produtos altamente rentáveis no mercado europeu e em consumidoras de artigos metropolitanos, o que possibilitava uma balança comercial favorável para as metrópoles e a acumulação de capitais pela burguesia.
Foram esses interesses que deram forma à colonização. A empresa colonial concretizou-se por meio da exploração dos recursos naturais (especialmente metais preciosos) e pelo cultivo de gêneros tropicais (açúcar, tabaco e algodão).
Portugal foi pioneiro na implantação da empresa agrícola colonial. A lavoura canavieira na ilha da Madeira, sua primeira experiência, mostrou a viabilidade do empreendimento.
Assim, as colônias serviam de retaguarda econômica para as suas respectivas metrópoles, complementando a sua produção e ampliando o seu mercado.