#ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E ADMINISTRATIVA
A fim de tomar posse e explorar a colônia recém-descoberta, Portugal dividiu o território brasileiro em 15 capitanias hereditárias, em 1534. Elas foram entregues a nobres ou burgueses representantes da Coroa Portuguesa. O sistema não teve sucesso por falta de investimentos, ataques indígenas e isolamento da colônia. Em 1548, criou-se o Governo-Geral, com sede na Bahia, numa tentativa de centralizar o poder. O objetivo foi atingido, do ponto de vista militar, mas o dia a dia da população continuou a ser gerido pelas Câmaras Municipais de cada vila.
#ECONOMIA
A economia colonial era voltada para o enriquecimento da metrópole, que ficava com grande parte dos lucros gerados no Brasil. A extração do pau-brasil, a produção de açúcar, a pecuária e a mineração foram as principais atividades econômicas do período. O pau-brasil tinha sua extração feita pelos índios, que trocavam a mercadoria – numa prática conhecida como escambo. Para o açúcar o sistema instalado foi o de plantation, cujas características eram: grandes propriedades (latifúndios) monocultoras, utilização de mão de obra escrava e produção voltada para o mercado externo. A criação de gado foi a única das principais atividades econômicas do Brasil colonial que era voltada para o mercado interno. Na mineração a mobilidade social era muito maior e o trabalho livre, muito mais significativo. Surgiu, pela primeira vez no Brasil, uma classe média.
#SOCIEDADE
A sociedade açucareira era agrária, escravagista e estratificada. O grupo mais privilegiado era dos senhores de engenho. Já na sociedade do ouro, a população se concentrava em núcleos urbanos, e a mobilidade social e o trabalho livre estavam muito mais presentes, permitindo o surgimento de uma classe média, ausente na sociedade açucareira.
#INTERIORIZAÇÃO
A busca por metais preciosos, a captação de mão de obra indígena e o combate a negros fugitivos motivaram, nos séculos XVII e XVIII, expedições de desbravamento do interior do Brasil. As “entradas” eram campanhas bancadas pelo governo, enquanto as “bandeiras” eram fruto da iniciativa privada.
#JESUÍTAS
Com a função inicial de catequizar os nativos, convertendo-os ao catolicismo, os jesuítas contribuíram com a expansão territorial da colônia, com a extração das drogas do sertão no Vale Amazônico e com a pecuária e a mineração no extremo sul, com mão de obra predominante indígena.
#ESCRAVIDÃO
A economia açucareira demandava mão de obra barata e abundante. Para supri-la, Portugal recorreu à escravidão. Estima-se que 4 milhões de negros africanos tenham chegado ao Brasil entre 1550 e 1850. Eles eram tratados como animais e duramente castigados. Como forma de resistência, criaram comunidades autossuficientes, os quilombos, formados por escravos fugitivos. A escravidão só foi abolida em 1888.
#INDEPENDÊNCIA
O Brasil conquistou sua independência em 7 de setembro de 1822, mas revoltas emancipacionistas já ocorriam na colônia desde o fim do século XVIII. Apesar de politicamente soberano, o país continuou economicamente dependente – não mais de Portugal, mas da Inglaterra. Para alavancar a economia, recém-emancipada, o país contraíra volumosos empréstimos dos britânicos, tornando-se submisso ao seu poder econômico.