Às margens do Nilo.
As terras férteis do rio Nilo atraíram diferentes povos, que passaram a ocupar a região, por volta de 6 a 5 mil anos a.C. Esse processo de sedentarização levou à formação de comunidades tribais conhecidas como nomos. Agrupadas, elas formaram dois reinos. Por volta de 3100 a.C., o faraó Menés unificou os reinos do Baixo Egito (ao norte, na região do delta do rio Nilo) e do Alto Egito (mais ao sul, no vale do rio Nilo), dando origem ao Império Egípcio.
A principal atividade econômica era a agricultura, que propiciou o desenvolvimento de técnicas de irrigação, construções para o armazenamento de água e controle de inundações.
Estado e sociedade.
A história do Egito Antigo, após Menés, pode ser dividida em Antigo, Médio e Novo Império.
No Antigo Império (3100 a.C. - 2000 a.C.), o poder era teocrático, ou seja, o faraó era considerado representante divino. Ao final desse período, a oposição dos nomarcas (chefes dos nomos) levou ao enfraquecimento do poder do faraó.
O Médio Império (2000 a.C. - 1580 a.C.) teve como principais acontecimentos a retomada do poder dos faraós, a migração dos hebreus para o Egito e a invasão dos hicsos (povo), militarmente superiores.
No período do Novo Império, que vai dos anos 1580 a.C. a 1085 a.C., os hicsos foram expulsos do Egito. A partir de 1080 a.C., o Egito sofreu uma série de invasões: pelos assírios; depois pelos persas; pelo macedônio Alexandre, o Grande; por fim, pelos romanos, em 30 a.C.
A sociedade.
A sociedade egípcia era bastante hierarquizada. No topo estava o faraó, dono de todas as terras e de tudo o que era produzido. Os sacerdotes, formavam a camada mais elevada e mais culta. Em seguida estavam os nobres, altos funcionários da administração que auxiliavam na defesa e no comércio.
Os escribas detinham o poder de ler e escrever os hieróglifos (escrita oficial). Trabalhavam principalmente na cobrança de impostos. Havia ainda os soldados, recrutados no estrangeiro em troca de lotes de terra.
Nas camadas inferiores, estavam os artesãos; os camponeses (felás); os escravos, minoria na sociedade, prisioneiros de guerra.
Economia.
A economia egípcia tinha por base a agricultura e era controlada pelo Estado. O comércio local era feito por meio de trocas de mercadorias. O comércio exterior usava argolas de ouro e cobre como moeda. A atividade manufatureira produzia cerâmica, vidro e tecidos.
Conhecimentos no Egito Antigo.
Os egípcios desenvolveram conhecimentos em diversas áreas: praticavam a escrita hieroglífica, precursora da escrita alfabética; dominavam os conhecimentos matemáticos (Aritmética e Geometria); a Astronomia permitiu o uso do calendário solar e a identificação de estrelas; a prática da mumificação levou a avanços na área da Medicina; nas artes, realizaram grandes obras arquitetônicas (pirâmides), pinturas em paredes, produções literárias e música (uso de instrumentos de corda, sopro e metal).
Professor Tancredo Braga.