A Revolta de Vila Rica - Filipe dos Santos (Minas Gerais - 1720)
As câmaras municipais tinham um papel relevante, pois, muitas vezes, cabia a elas providenciar a cobrança dos tributos, mas esse poder municipal passou a ser reduzido, já que a Coroa tinha interesse na maior centralização possível do poder. Um protesto contra essa diminuição de poder das câmaras municipais ocorreu em Pitangui, em 1719.
A determinação para que se criassem Casas de Fundição em Minas Gerais aumentou a insatisfação e transformou-se em revolta. Cerca de 2 mil pessoas marcharam de Vila Rica para Ribeirão do Carmo (Mariana), onde ficava o governador, Conde de Assumar. Contando com poucos soldados, Assumar achou prudente concordar com o que os amotinados exigiam: a diminuição dos impostos e a não instalação das Casas de Fundição. Mas não pretendia cumprir o acordo.
Tão logo recebeu reforços, e já tendo identificado os líderes, invadiu Vila Rica, prendeu os mais destacados e enviou-os para Portugal. Mandou queimar as fazendas de Pascoal da Silva Guimarães e reservou a pena mais violenta a um português, de nome Filipe dos Santos. Foi morto no garrote, depois esquartejado por cavalos, e teve seus pedaços pregados em postes para servir de exemplo.
Como consequência desse conflito, a Coroa determinou a separação da região das Minas da de São Paulo, passando a constituir uma capitania independente: Capitania de Minas Gerais, cuja capital era Vila Rica.