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A Insurreição Pernambucana (1645 - 1654)

A Insurreição Pernambucana (1645 - 1654)

No período em que o conde Maurício de Nassau governou as possessões holandesas no Nordeste, a atividade açucareira cresceu. Empréstimos foram concedidos pela Companhia das Índias Ocidentais aos senhores de engenho que, assim, puderam continuar com sua atividade e, em alguns casos, até mesmo ampliá-la. Em 1644, no entanto, Nassau foi destituído de seu cargo e voltou à Holanda. Os novos dirigentes, além de pressionar os senhores de engenho para aumentar ainda mais a produção começaram a cobrar as dívidas pendentes, acrescidas de juros elevados. Muitos senhores de engenho não conseguiram pagar o que deviam e tiveram suas propriedades tomadas pelos holandeses. A insatisfação era geral.
Sob a liderança de João Fernandes Vieira, um dos mais ricos senhores de engenho, tramou-se a revolta para expulsar os flamengos do Nordeste. Em 13 de julho de 1645 a insurreição teve início. Negros e índios também lutaram ao lado dos latifundiários, comandados, respectivamente, por Henrique Dias e Felipe Camarão.
Depois de várias batalhas, os holandeses ficaram cercados em Recife, mas os revoltosos não conseguiram penetrar em suas defesas. Em 1648 e 1649 travaram-se as duas maiores batalhas, ambas nos montes Guararapes. Os holandeses foram derrotados nas duas, mas continuaram a dominar Recife. A vitória final só foi conseguida em 1654, e para isso contribuiu a situação internacional. Em 1652 a Inglaterra, governada por Oliver Cromwell, decretara guerra aos holandeses. Envolvidos nesse conflito, os flamengos não puderam dar mais atenção ao que ocorria no Nordeste. E os ingleses ainda auxiliaram os revoltosos, enviando armas e munições.

Tancredo Professor . 2024
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