A região que faz a ligação entre a Ásia e a Europa,conhecida como Ásia Menor ou Anatólia, vivia um período caótico no século XIII. Enquanto as Cruzadas atravessaram a região em direção de Jerusalém, o Império Bizantino, que ocupava boa parte da região, estava em franco declínio.
Vindo do atual Cazaquistão, um grupo de turcos nômades aproveitou a situação para assumir o controle da região. Sob a liderança de Ertogrul foi criada uma dinastia na qual o sultão é o chefe civil, militar e religioso. Em 1281, Otman I deu início à expansão turca e emprestou seu nome ao império. Ele e os sucessores uniram os turcos da Anatólia num Estado militarista, que travou uma guerra santa contra o Império Bizantino e os cristãos dos Bálcãs.
Por volta de 1400, os domínios do Império Otomano já se estendiam do Rio Danúbio ao Eufrates. Em 1453, coube a Maomé II, o Conquistador, liderar os otomanos em seu maior feito: colocar um fim aos 1.100 anos do Império Bizantino com a tomada de Constantinopla.
A conquista de Constantinopla é tão simbólica que os historiadores a consideram o marco final da Idade Média e o início da Idade Moderna. O feito do Império Turco-Otomano mudou as relações de poder no Mediterrâneo. Os turcos bloquearam as rotas entre a Europa e a Ásia, que passavam pelo Egito e Mar Vermelho ou pelo Oriente Médio. Com isso, provocaram grandes prejuízos ao comércio na Europa, levando os europeus a procurar novos caminhos para a Ásia pelo Oceano Atlântico, o que impulsionou fortemente as grandes navegações.
No século XVI, sob a liderança de Solimão I, o Magnífico, o Império conquistou as áreas entre o Mar Vermelho e a Bósnia, alcançando sua maior extensão. Mas no século XVII veio a crise. O Império começou a se fragmentar em 1800 até ser abolido em 1922, como consequência dos conflitos da I Guerra Mundial.