Mesmo em Estados democráticos, nem toda a população tomava parte no governo da cidade. As mulheres, os estrangeiros e os escravos não eram considerados cidadãos e, portanto, não podiam votar. Mesmo quando um escravo era libertado, podia ter uma loja ou servir no exército, mas nunca se tornava cidadão.
Atenas e muitas outras cidades-Estado tinham grandes populações de escravos. Qualquer pessoa podia tornar-se escrava, podia ser raptada por piratas ou capturada na guerra.
Os escravos que viviam com uma família eram bem tratados e, muitas vezes, benquistos. Esperava-se deles fidelidade e eram torturados antes de deporem no tribunal porque, do contrário, podiam esconder fatos que lesassem seus donos.
Os escravos tinham que trabalhar para quem os comprasse, a menos que seus amigos lhes fornecessem dinheiro para readquirir sua liberdade. Podiam também poupar dinheiro para comprar sua liberdade ou serem libertados quando o dono morria.
Mas os escravos, que trabalhavam nas minas de prata e que fizeram de Atenas uma cidade rica, não tinham esperança de liberdade. Marcados a ferro e amarrados uns aos outros por correntes, trabalhavam por longos períodos em pequenos túneis subterrâneos até morrerem de exaustão.
CROSHER. J. Os Gregos. São Paulo. Melhoramentos. s/d. p. 28.