Além de ser marcado pela escravidão, o regime democrático de Atenas também excluía as mulheres. Assim como os escravos e os estrangeiros, elas não tinham cidadania. não podiam participar da Assembleia nem exercer cargos administrativos. geralmente, não podiam comparecer aos tribunais sem um representante masculino. Também estavam proibidas de possuir ou herdar bens.
As mulheres tinham poucas oportunidades para desenvolver seus talentos e raramente saíam de casa sem o consentimento dos maridos. Quando um homem levava convidados para casa, a mulher supervisionava o preparo da comida, mas não se juntava a eles e não acompanhava o marido quando ele visitava os amigos. A esposa devia obediência ao marido. Atenas era uma sociedade sob o domínio do sexo masculino.
O legislador Sólon (638 a.C. - 558 a.C.) regulamentou o lugar das mulheres na sociedade ateniense. O homem só poderia ter uma mulher - a esposa - que lhe daria o herdeiro legítimo. As mulheres eram divididas entre as "boas" e as demais. As ditas "respeitáveis", que eram ou se tornariam esposas dos bravos atenienses, passavam a vida inteira confinadas em espaços especiais dentro de casa, sendo-lhes permitida a saída somente nos funerais, alguns festivais religiosos e alguns espetáculos teatrais.
Nos Jogos Olímpicos não era permitida a participação de nenhuma mulher. E, para assisti-los, só era permitida a presença de mulheres solteiras, para aprender a admirar o sexo oposto. As mulheres desobedientes seriam atiradas ao mar, do alto de um rochedo.
Como se não bastasse estarem confinadas, não era permitido serem vistas ou ouvidas por estranhos. Essas mulheres de Atenas passavam a vida sob o controle dos homens. Quando solteiras, ficavam sob a guarda do pai, depois do marido, se viúvas, sob a tutela do filho mais velho.